Postagem de quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Há algum tempo
venho dizendo que o mal brasileiro não é novo, que tem mais de meio século, e
alguns articulistas dignos de confiança têm apregoado.
Afirma-se hoje que tudo começou nos anos 1960, porém
vou um pouco além para tentar explicar um sentimento arraigado na mentalidade
brasileira, a crença no “salvador da pátria”, ou no “pai dos pobres”. Quem
incutiu esse sentimento, essa cultura da dependência de um poderoso que “nos
defendesse das maldades externas e internas”, foi justamente o caudilho tão pranteado
pelos ludibriados dos anos 1930 a 50: Getúlio Vargas, um pró Hitler que teve de
engolir suas preferências para ficar nas boas graças americanas. Bem, criada
essa imagem do todo poderoso benevolente e provedor dos desafortunados, o clima
nacional já se tornou propício a qualquer mau caráter disposto a ludibriar uma
multidão inculta e crédula. Assim chegamos ao descarado traidor João Goulart.
Em 2001, a
professora Denise Rollemberg, escreveu um livro: “O apoio de cuba à luta armada
no Brasil”, onde tenta, e meio à ambiguidade acadêmica e à tendência
esquerdista universitária brasileira, afirmar que esse apoio cubano foi por
vontade popular, coisa que o imenso apoio dado às Forças Armadas pela imensa
manifestação da Marcha da Família desmentiu por completo. Sobre o episódio,
comenta o filósofo Professor Olavo de Carvalho: “João Goulart acobertava a intervenção armada de Cuba no Brasil desde
1961, estimulava a divisão nas Forças Armadas para provocar uma guerra civil,
desrespeitava cinicamente a Constituição e elevava os gastos públicos até as
nuvens, provocando uma inflação que reduzia o povo à miséria, da qual prometia
tirá-lo pelo expediente enganoso de dar aumentos salariais que a própria
inflação tornava fictícios. A derrubada do presidente foi um ato legítimo,
apoiado pelo Congresso e por toda a opinião pública, expressa na maior
manifestação de massas de toda a história nacional, bem maior do que todas as
passeatas subsequentes contra a ditadura. É só ler os jornais da época – os
mesmos que hoje falsificam sua própria história – e você tirará isso a limpo”.
Mas foi ainda
por acreditar em uma possível tomada do poder que Luís Carlos Prestes tentou,
em 1963, e com a ajuda da URSS, armar o golpe final instaurando uma ditadura
socialista no Brasil, no que foi impedido pelo contragolpe perpetrado pelas
FFAA. Aparentemente, se os brasileiros sabiam o que era uma ditadura comunista
em 1964, quando a voz de João XXIII referendava o decreto contra o comunismo,
da Igreja Católica, o sentimento arraigado do “pai dos pobres”, foi sendo
constantemente incutido nas mentes brasileiras, agora com a roupagem
gramsciana.
Anos depois, em
1998 ou 99, o escritor José Saramago, imbecil rematado, em entrevista ao
jornalista Boris Casoy, logo após ter ganhado o Nobel de literatura (aliás,
junto com o da Paz, únicos concedidos a cucarachas latinos), ao ser questionado
sobre obviedade de regimes socialistas se tornarem ditaduras, disse, de cima de
seu milhão de dólares do prêmio, claro, que a ditadura socialista era
preferível à ditadura do Capital. De fato deve ser mesmo pior você arriscar-se
em um empreendimento que pode deixá-lo milionário, do que passar fome ou ser
mais um na estatística de bem mais de cem milhões de mortos, obra de Lênin,
Stalin, Mao Dzedong, Fidel Castro e tutti
quanti.
Em um passado recente, início do desastre infernal de
nome Hugo Chaves, os cubanos exilados nos EUA se cansaram de avisar o povo
venezuelano sobre o que viria a acontecer, uma vez que vivenciaram isso em seu
país e observaram em outros países que sofreram influência cubana. E as coisas
começaram, na Venezuela com um programa muito parecido com o “mais médicos”
brasileiro. Pelos avisos incessantes dos cubanos livres da ilha-presídio, o
povo venezuelano ouviu que atrás dos médicos viriam os agentes do serviço
secreto cubano, ideólogos e toda a armação.
Os venezuelanos,
tal como está acontecendo no Brasil, preferiram não fazer caso ou vir com
aquela ironia jurássica: “isso é teoria da conspiração” e os resultados,
estamos assistindo no presente, com a polícia de Nicolás Maduro colecionando
cadáveres inocentes pelas ruas, mesmo com a mídia brasileira cúmplice, que
felizmente não pode ocultar tudo.
Hoje, passados
53 anos, desde a traição de Goulart e começo da infiltração comunista no
Brasil, estamos em uma situação como a da Venezuela de há pouco tempo atrás,
bastando para o desastre total uma nova vitória do PT nas urnas, seja por
ingenuidade do povo ou por fraude nas urnas eletrônicas. Já estamos vivendo em
uma ditadura socialista, e a imensa maioria do povo ou não sabe, ou não
acredita, ou acha que o PT é bonzinho porque dá a bolsa família (o “pai dos
pobres”, lembram-se?), ou não tem acesso a informação honesta e decente, ou
ainda, faz parte da militância fanatizada. E como bem dizia Winston Churchill: “Fanático
é aquele que é incapaz de mudar de opinião e não aceita mudar de assunto”.
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