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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Escapei por pouco



Há pouco assisti a um discurso do juiz Sérgio Moro em um vídeo de José Marcio Castro Alves e fiquei admirado com algumas palavras do magistrado.
Em seu discurso, Moro fala da “ditadura militar”, um regime antidemocrático e autoritário, da redemocratização com a Constituição de 1988, e outros detalhes, deixando transparecer uma ignorância total sobre os fatos reais de nossa história ainda recente!
Ora, o juiz Sérgio Moro é, sem dúvida uma pessoa extremamente competente em suas funções de magistrado e professor universitário, está conduzindo com eficiência e lisura a Operação Lavajato, corajosamente condenando personalidades públicas de vasto apoio popular, como o ex-presidente Lula, e fazendo sua parte para conter o maior caso de corrupção da história. Com isso tem se mostrado como pessoa de retidão indiscutível.
Mas qual a causa de sua falta de conhecimento histórico e sua opinião canhestra acerca dos fatos?
Obviamente foi a escola que teve. Moro nasceu em 1972, portanto deve ter cursado o segundo grau em 1980 e a Faculdade de Direito, provavelmente depois de 1984, início da tal Nova República, o que significa que teve uma instrução ministrada por professores socialistas que lhe incutiram essa visão enviesada da história (ditadura, repressão, torturas, perseguição policial, etc.).
A minha geração assistiu aos feitos dos militares a uma certa distância. No interior de SP ficávamos sabendo dos acontecimentos através de telejornais (na época a TV Tupi) e dos jornais que meu pai assinava, como o Estadão mas, curiosamente, na escola nada era comentado pelos professores. Porém no meio estudantil já havia um clima de revolução em surdina. No curso científico (hoje 2º grau), alguns alunos mais “politizados” já falavam sobre a guerra do Vietnã (que eu simplesmente acreditava nas versões gerais) e a Revolução Cubana, que para todos era a libertação do povo cubano.
Apesar do que na época era um modismo, me mantive com uma certa visão direitista como eram todos os mais velhos em nosso município de mentalidade rural de produtores de café, apesar de, à minha maneira, alimentar uma certa simpatia de adolescência pelo modismo vigente. No final das contas escapei ileso.
Hoje sou um intervencionista convicto e creio na urgência de uma revisão geral do conceito de escola sob pena de continuarmos formando gerações e gerações de ignorantes, desconhecidos da verdade, apaixonados por prazeres perniciosos e alheios à realidade que só pode leva-los ao fundo do poço.

Quanto ao juiz Sérgio Moro, a bem da própria justiça, seria necessário uma boa dose de Olavo de Carvalho e outros tantos que poderiam levá-lo a mudar seus conceitos sobre a realidade brasileira e, se tiver a humildade de que seu caráter probo necessita, mudar seu discurso para o bem de tantos que veem nele um ídolo e um exemplo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O País do Futebol, do Carnaval e da Ingenuidade Perigosa



Postagem de quinta-feira, 7 de agosto de 2014

 Há algum tempo venho dizendo que o mal brasileiro não é novo, que tem mais de meio século, e alguns articulistas dignos de confiança têm apregoado.
Afirma-se hoje que tudo começou nos anos 1960, porém vou um pouco além para tentar explicar um sentimento arraigado na mentalidade brasileira, a crença no “salvador da pátria”, ou no “pai dos pobres”. Quem incutiu esse sentimento, essa cultura da dependência de um poderoso que “nos defendesse das maldades externas e internas”, foi justamente o caudilho tão pranteado pelos ludibriados dos anos 1930 a 50: Getúlio Vargas, um pró Hitler que teve de engolir suas preferências para ficar nas boas graças americanas. Bem, criada essa imagem do todo poderoso benevolente e provedor dos desafortunados, o clima nacional já se tornou propício a qualquer mau caráter disposto a ludibriar uma multidão inculta e crédula. Assim chegamos ao descarado traidor João Goulart.
 Em 2001, a professora Denise Rollemberg, escreveu um livro: “O apoio de cuba à luta armada no Brasil”, onde tenta, e meio à ambiguidade acadêmica e à tendência esquerdista universitária brasileira, afirmar que esse apoio cubano foi por vontade popular, coisa que o imenso apoio dado às Forças Armadas pela imensa manifestação da Marcha da Família desmentiu por completo. Sobre o episódio, comenta o filósofo Professor Olavo de Carvalho: “João Goulart acobertava a intervenção armada de Cuba no Brasil desde 1961, estimulava a divisão nas Forças Armadas para provocar uma guerra civil, desrespeitava cinicamente a Constituição e elevava os gastos públicos até as nuvens, provocando uma inflação que reduzia o povo à miséria, da qual prometia tirá-lo pelo expediente enganoso de dar aumentos salariais que a própria inflação tornava fictícios. A derrubada do presidente foi um ato legítimo, apoiado pelo Congresso e por toda a opinião pública, expressa na maior manifestação de massas de toda a história nacional, bem maior do que todas as passeatas subsequentes contra a ditadura. É só ler os jornais da época – os mesmos que hoje falsificam sua própria história – e você tirará isso a limpo”.
 Mas foi ainda por acreditar em uma possível tomada do poder que Luís Carlos Prestes tentou, em 1963, e com a ajuda da URSS, armar o golpe final instaurando uma ditadura socialista no Brasil, no que foi impedido pelo contragolpe perpetrado pelas FFAA. Aparentemente, se os brasileiros sabiam o que era uma ditadura comunista em 1964, quando a voz de João XXIII referendava o decreto contra o comunismo, da Igreja Católica, o sentimento arraigado do “pai dos pobres”, foi sendo constantemente incutido nas mentes brasileiras, agora com a roupagem gramsciana.
 Anos depois, em 1998 ou 99, o escritor José Saramago, imbecil rematado, em entrevista ao jornalista Boris Casoy, logo após ter ganhado o Nobel de literatura (aliás, junto com o da Paz, únicos concedidos a cucarachas latinos), ao ser questionado sobre obviedade de regimes socialistas se tornarem ditaduras, disse, de cima de seu milhão de dólares do prêmio, claro, que a ditadura socialista era preferível à ditadura do Capital. De fato deve ser mesmo pior você arriscar-se em um empreendimento que pode deixá-lo milionário, do que passar fome ou ser mais um na estatística de bem mais de cem milhões de mortos, obra de Lênin, Stalin, Mao Dzedong, Fidel Castro e tutti quanti.
Em um passado recente, início do desastre infernal de nome Hugo Chaves, os cubanos exilados nos EUA se cansaram de avisar o povo venezuelano sobre o que viria a acontecer, uma vez que vivenciaram isso em seu país e observaram em outros países que sofreram influência cubana. E as coisas começaram, na Venezuela com um programa muito parecido com o “mais médicos” brasileiro. Pelos avisos incessantes dos cubanos livres da ilha-presídio, o povo venezuelano ouviu que atrás dos médicos viriam os agentes do serviço secreto cubano, ideólogos e toda a armação.
 Os venezuelanos, tal como está acontecendo no Brasil, preferiram não fazer caso ou vir com aquela ironia jurássica: “isso é teoria da conspiração” e os resultados, estamos assistindo no presente, com a polícia de Nicolás Maduro colecionando cadáveres inocentes pelas ruas, mesmo com a mídia brasileira cúmplice, que felizmente não pode ocultar tudo.


 Hoje, passados 53 anos, desde a traição de Goulart e começo da infiltração comunista no Brasil, estamos em uma situação como a da Venezuela de há pouco tempo atrás, bastando para o desastre total uma nova vitória do PT nas urnas, seja por ingenuidade do povo ou por fraude nas urnas eletrônicas. Já estamos vivendo em uma ditadura socialista, e a imensa maioria do povo ou não sabe, ou não acredita, ou acha que o PT é bonzinho porque dá a bolsa família (o “pai dos pobres”, lembram-se?), ou não tem acesso a informação honesta e decente, ou ainda, faz parte da militância fanatizada. E como bem dizia Winston Churchill: “Fanático é aquele que é incapaz de mudar de opinião e não aceita mudar de assunto”.